Teoria: O que é Poesia?

O que é Poesia?

                                                                    Emerson Rocha¹

Dionisio Toledo no capitulo “O que é Poesia?” do livro “Circulo Lingüístico de Praga: estruturalismo e semiologia” indaga sobre o que pode ser considerado poesia e qual o seu aspecto principal.

A principio, ele começa dizendo o que não pode ser denominado poesia. Ela não se resume a um conjunto de procedimentos a serem seguidos. Para Toledo é mais fácil identificar o que não é poesia, porque a poesia é subversão. Ela não se encaixa nos padrões previamente estabelecidos, mas ela sempre busca inovar.


O que realmente caracteriza a poesia é a sua poeticidade. Esta se dá na palavra, e dentro de um contexto poético, é sua sintaxe e forma. A poesia apresenta signos e seus signos possuem significado e significante (em sentido estrito, significado é a palavra e significante é o que ela representa).


Apesar disso o signo não deixa de ser um paradoxo, ou seja, mesmo quando ele está falando de algo palpável ele está falando de algo contraditório. Toledo evidencia que a poesia é a parte do concreto e esta faz assimilação a outros significados. Dionisio afirma que toda expressão verbal estiliza e transforma em certo sentido o objeto. Não podendo esquecer também que toda expressão verbal é repleta de exageros.


Logo fica evidente que a parte mais importante da poesia é a sua poeticidade. E está estabelece-se pela sua sintaxe e forma. A poesia possui, também, um caráter literário, porque ela cria uma realidade ficcional. E neste caráter ficcional a poesia inova tanto que fica impossível estabelecer um único padrão para este gênero.
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¹ Graduando em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) – Jequié. É poeta e palestrante em cultos protestantes.